Auto Condenação?
Para complementar, além de fingir que a Associação Torre de
Vigia assinou documentos que nunca assinou, concordou com os critérios que
nunca concordou, fingir que não há
diferença entre as ONGs do ECOSOC e do DPI, fingir que a Despertai! disseminou
propaganda de caráter mundial, os acusadores também dizem que a Associação
tem-se “condenado” no assunto. Como assim?
“É
divertido ficar na ACM…”
O argumento
mais popular é que a Associação Torre de Vigia tem se mostrado ser “hipócrita”
devido à sua política de adesão da Associação Cristã de Moços (ACM). A
revista A Sentinela, 01 de janeiro de
1979 (15 de julho, em português), na seção Pergunta
dos Leitores explica:
“Ingressar
alguém numa ACM como membro significa que ele aceita ou endossa os objetivos
gerais e os princípios desta organização. Não paga meramente por algo que
recebe, assim como quando se compram artigos vendidos ao público, numa loja.
(Veja 1 Coríntios 8:10; 10:25.) Nem é sua qualidade de membro apenas um ingresso,
como quando se compra uma entrada para o teatro. Ser membro significa ter-se tornado parte integrante desta
organização fundada com objetivos religiosos, específicos, inclusive a promoção
do ecumenismo. Portanto, tornar-se uma Testemunha de Jeová membro de tal
associação chamada “cristã” significaria
apostasia.”
“Alguns,
ocasionalmente, não se tornaram membros, mas pagaram um único ingresso,
considerando isso simplesmente como pagamento dum serviço comercial disponível.
Mesmo neste respeito é sábio tomar em consideração se este proceder não afetará
adversamente a consciência de outros. — 1 Cor. 8:11-13.”
O argumento é mais ou menos
assim: se a Associação pode dizer, por um lado, que a adesão à ACM significa
que você tornou-se “parte integrante” da organização que representa “uma
apostasia”, então certamente o status de ONG da Associação significa que ela que
se tornou “parte integrante” da ONU e, portanto, “cometeu apostasia” pelos seus
próprios padrões.
É este um ponto de vista
justo? Na verdade, não. Primeiro de tudo, quando você se torna um
membro da Associação Cristã de Moços - um grupo inter-religioso “cristão” -
você é reconhecido pela organização como sendo “integrante” dela, igual quando
você se batiza e se torna parte integrante das Testemunhas de Jeová. É
este o caso das ONGs do DPI? Não, pelo contrário, as ONGs do DPI são informadas
especificamente pela própria ONU que:
“A associação das ONGs com o DPI não
constitui sua incorporação no sistema da Organização das Nações Unidas.”
Portanto,
comparar as duas situações é como comparar maçãs com laranjas. As ONGs
não se tornam “parte integrante” da ONU - não, nem mesmo se elas
quisessem ser, e essas são as palavras da ONU - não as nossas.
Além disso,
a ACM é uma organização religiosa falsa - a ONU não é. Embora
a Bíblia nos diga para sermos sujeitos aos governos do mundo pela obediência à
lei, pagando nossos impostos, registrando-nos em certos programas, e usando os
governos para “estabelecer legalmente” a obra de pregação, a Bíblia não nos
coloca sob nenhuma dessas obrigações a qualquer uma das religiões falsas no
mundo. Apocalipse
18:4 nos diz: “saí dela” (da religião falsa), enquanto Romanos 13:1 diz “estai
em sujeição” aos governos. Usar programas e instalações do
governo para o nosso benefício não pode ser comparado ao uso de coisas
semelhantes das religiões falsas.
A
Associação não cometeu apostasia pelas “suas próprias normas” - são
simplesmente os opositores que encobrem as diferenças entre as organizações
governamentais e religiosas, e varrem para debaixo do tapete o que a própria
ONU já disse, quando se torna inconveniente.
ONGs Católicas condenadas pela Torre de Vigia
Outro argumento popular usa a edição de A Sentinela, 01 de junho de 1991 para
mostrar como a Associação tem supostamente “se condenado”. Ele afirma:
“Um
livro recente dá-nos uma ideia, dizendo: ‘Nada menos de vinte e quatro organizações
católicas estão representadas na ONU. Vários líderes religiosos do mundo já
visitaram essa organização internacional. Mui memoráveis foram as visitas de
Sua Santidade, o Papa Paulo VI, na Assembleia Geral, em 1965, e do Papa João
Paulo II, em 1979. Muitas religiões têm súplicas, preces, hinos e cultos
especiais em favor das Nações Unidas. Os mais importantes exemplos são os das
fés católica, unitária-universalista, batista e behaísta.’”
O contexto desta citação
mostra que essas vinte e quatro organizações católicas estiveram representadas
na ONU por serem organizações não governamentais. Os acusadores, em
seguida, dizem que a Associação estava sendo hipócrita por condenar os
católicos por terem ONGs na ONU, enquanto que no mesmo ano ela própria também se
candidatou para “se tornar” uma ONG. No entanto, é isso verdade? Claro
que não.
Em um
capítulo anterior nós discutimos como os apóstatas tentam esconder as
diferenças entre as ONGs do ECOSOC (que consultam a ONU em suas políticas) e as
ONGs do DPI (que têm acesso aos materiais de pesquisa da ONU) - com um apóstata
ignorantemente, alegando que as diferenças são “irrelevantes”. Neste
caso, a mesma velha tática é usada.
Os próprios
registros disponíveis a qualquer internauta online mostram que a Igreja
Católica tem muitas organizações registradas como ONGs do ECOSOC com status
consultivo da ONU. Essas
ONGs têm o poder de influenciar a decisão e formulação de políticas no âmbito
das Nações Unidas. A
Associação Torre de Vigia nunca foi uma ONG do ECOSOC, então o argumento de que
a Associação tem se condenado, condenando as ONGs católicas é baseada em nada
mais nada menos do que uma distorção deliberada dos fatos.
ü Ser membro da ACM
significa que você se tornou parte integrante da organização.
ü A ONU diz que o
status de ONG do DPI não incorpora a ONG no sistema da ONU.
ü A ACM é uma organização religiosa, a ONU
não é.
ü A Bíblia diz que
podemos usar os governos do mundo para promover as boas novas, não nos permite
fazer o mesmo com as religiões falsas.
ü A Torre de Vigia
condenou a Igreja Católica por sua intromissão na política.
ü A Igreja Católica tem
mais de 20 ONGs do ECOSOC com status consultivo na ONU até hoje.
ü A Associação Torre de
Vigia foi uma vez uma ONG do DPI - que não tem nenhuma influência política -
antes de se retirar.
ü Os acusadores fingem
que não existe nenhuma diferença prática entre os dois status de ONG.
PARTE 2
PARTE 2