sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A Torre de Vigia e as acusações de "apoio a ONU" PARTE 4

Auto Condenação?

Para complementar, além de fingir que a Associação Torre de Vigia assinou documentos que nunca assinou, concordou com os critérios que nunca concordou,  fingir que não há diferença entre as ONGs do ECOSOC e do DPI, fingir que a Despertai! disseminou propaganda de caráter mundial, os acusadores também dizem que a Associação tem-se “condenado” no assunto. Como assim?
“É divertido ficar na ACM…”

O argumento mais popular é que a Associação Torre de Vigia tem se mostrado ser “hipócrita” devido à sua política de adesão da Associação Cristã de Moços (ACM). A revista A Sentinela, 01 de janeiro de 1979 (15 de julho, em português), na seção Pergunta dos Leitores explica:
“Ingressar alguém numa ACM como membro significa que ele aceita ou endossa os objetivos gerais e os princípios desta organização. Não paga meramente por algo que recebe, assim como quando se compram artigos vendidos ao público, numa loja. (Veja 1 Coríntios 8:10; 10:25.) Nem é sua qualidade de membro apenas um ingresso, como quando se compra uma entrada para o teatro. Ser membro significa ter-se tornado parte integrante desta organização fundada com objetivos religiosos, específicos, inclusive a promoção do ecumenismo. Portanto, tornar-se uma Testemunha de Jeová membro de tal associação chamada “cristã” significaria apostasia.”
“Alguns, ocasionalmente, não se tornaram membros, mas pagaram um único ingresso, considerando isso simplesmente como pagamento dum serviço comercial disponível. Mesmo neste respeito é sábio tomar em consideração se este proceder não afetará adversamente a consciência de outros. — 1 Cor. 8:11-13.”
O argumento é mais ou menos assim: se a Associação pode dizer, por um lado, que a adesão à ACM significa que você tornou-se “parte integrante” da organização que representa “uma apostasia”, então certamente o status de ONG da Associação significa que ela que se tornou “parte integrante” da ONU e, portanto, “cometeu apostasia” pelos seus próprios padrões.
É este um ponto de vista justo? Na verdade, não. Primeiro de tudo, quando você se torna um membro da Associação Cristã de Moços - um grupo inter-religioso “cristão” - você é reconhecido pela organização como sendo “integrante” dela, igual quando você se batiza e se torna parte integrante das Testemunhas de Jeová. É este o caso das ONGs do DPI? Não, pelo contrário, as ONGs do DPI são informadas especificamente pela própria ONU que:
“A associação das ONGs com o DPI não constitui sua incorporação no sistema da Organização das Nações Unidas.”
Portanto, comparar as duas situações é como comparar maçãs com laranjas. As ONGs não se tornam “parte integrante” da ONU - não, nem mesmo se elas quisessem ser, e essas são as palavras da ONU - não as nossas.
Além disso, a ACM é uma organização religiosa falsa - a ONU não é. Embora a Bíblia nos diga para sermos sujeitos aos governos do mundo pela obediência à lei, pagando nossos impostos, registrando-nos em certos programas, e usando os governos para “estabelecer legalmente” a obra de pregação, a Bíblia não nos coloca sob nenhuma dessas obrigações a qualquer uma das religiões falsas no mundo. Apocalipse 18:4 nos diz: “saí dela” (da religião falsa), enquanto Romanos 13:1 diz “estai em sujeição” aos governos. Usar programas e instalações do governo para o nosso benefício não pode ser comparado ao uso de coisas semelhantes das religiões falsas.
A Associação não cometeu apostasia pelas “suas próprias normas” - são simplesmente os opositores que encobrem as diferenças entre as organizações governamentais e religiosas, e varrem para debaixo do tapete o que a própria ONU já disse, quando se torna inconveniente.
ONGs Católicas condenadas pela Torre de Vigia
Outro argumento popular usa a edição de A Sentinela, 01 de junho de 1991 para mostrar como a Associação tem supostamente “se condenado”. Ele afirma:
“Um livro recente dá-nos uma ideia, dizendo: ‘Nada menos de vinte e quatro organizações católicas estão representadas na ONU. Vários líderes religiosos do mundo já visitaram essa organização internacional. Mui memoráveis foram as visitas de Sua Santidade, o Papa Paulo VI, na Assembleia Geral, em 1965, e do Papa João Paulo II, em 1979. Muitas religiões têm súplicas, preces, hinos e cultos especiais em favor das Nações Unidas. Os mais importantes exemplos são os das fés católica, unitária-universalista, batista e behaísta.’”
O contexto desta citação mostra que essas vinte e quatro organizações católicas estiveram representadas na ONU por serem organizações não governamentais. Os acusadores, em seguida, dizem que a Associação estava sendo hipócrita por condenar os católicos por terem ONGs na ONU, enquanto que no mesmo ano ela própria também se candidatou para “se tornar” uma ONG. No entanto, é isso verdade? Claro que não.
Em um capítulo anterior nós discutimos como os apóstatas tentam esconder as diferenças entre as ONGs do ECOSOC (que consultam a ONU em suas políticas) e as ONGs do DPI (que têm acesso aos materiais de pesquisa da ONU) - com um apóstata ignorantemente, alegando que as diferenças são “irrelevantes”. Neste caso, a mesma velha tática é usada.
Os próprios registros disponíveis a qualquer internauta online mostram que a Igreja Católica tem muitas organizações registradas como ONGs do ECOSOC com status consultivo da ONU. Essas ONGs têm o poder de influenciar a decisão e formulação de políticas no âmbito das Nações Unidas. A Associação Torre de Vigia nunca foi uma ONG do ECOSOC, então o argumento de que a Associação tem se condenado, condenando as ONGs católicas é baseada em nada mais nada menos do que uma distorção deliberada dos fatos.

Resumo

ü  Ser membro da ACM significa que você se tornou parte integrante da organização.
ü  A ONU diz que o status de ONG do DPI não incorpora a ONG no sistema da ONU.
ü  A ACM é uma organização religiosa, a ONU não é.
ü  A Bíblia diz que podemos usar os governos do mundo para promover as boas novas, não nos permite fazer o mesmo com as religiões falsas.
ü  A Torre de Vigia condenou a Igreja Católica por sua intromissão na política.
ü  A Igreja Católica tem mais de 20 ONGs do ECOSOC com status consultivo na ONU até hoje.
ü  A Associação Torre de Vigia foi uma vez uma ONG do DPI - que não tem nenhuma influência política - antes de se retirar.

ü  Os acusadores fingem que não existe nenhuma diferença prática entre os dois status de ONG.

PARTE 2

A Torre de Vigia e as acusações de "apoio a ONU" PARTE III

Por favor, não assine em nenhum lugar!

No capítulo anterior, nós mostramos como a Associação Torre de Vigia, como Organização Não-Governamental (ONG) no Departamento de Informação Pública (DPI) das Nações Unidas (ONU), não estava sob a autoridade da resolução do ECOSOC que disse que as ONGs devem “apoiar” a ONU. O fato de que a Associação Torre de Vigia não estava sob essa resolução se reflete nos formulários que a mesma preencheu em 1991.
Não há nada nesses formulários que comprometa as crenças das Testemunhas de Jeová. Se havia algo lá então poderíamos lê-los nós mesmos os formulários - como se esperaria de alguns críticos - mas não há simplesmente nada lá.
Você também notará que não aparece nem mesmo um lugar para colocar uma assinatura. Isto corrobora o que a própria Associação Torre de Vigia disse em sua carta ao jornal The Guardian, onde o porta-voz do Betel de Londres, explicou: “Na época do pedido inicial nenhuma assinatura era necessária no formulário.”
No entanto, alguns críticos afirmam que a Torre de Vigia estava sendo deliberadamente enganosa. Eles afirmam que as ONGs tinham de renovar seu status com o DPI a cada ano e recandidatar-se. Eles costumam mostrar uma cópia de um “Formulário de Credenciamento” de 2005, para renovação do status anual - com um lugar para a assinatura e data na parte inferior. Aquele formulário declara que a ONG “deve apoiar e respeitar os princípios da Carta das Nações Unidas”. Portanto, eles fazem a acusação de que a Associação Torre de Vigia não só teve que assinar uma nova candidatura a cada ano, mas também estava bem consciente de que estava apoiando as Nações Unidas porque isso “estava” no formulário. No entanto, é válido este argumento?
Renovação Anual?
Não, o argumento não é válido. Na verdade, são os críticos que estão sendo deliberadamente enganosos e estão esperando que você não perceba isso. Se realmente tirarmos tempo para ler o “Formulário de Credenciamento” de 2005, sim, o próprio documento que eles apresentam como “prova” de que a Torre de Vigia renovou seu pedido a cada ano, o que encontramos? Nós encontramos o que diz a seguir:
“Em 2002 nós instituímos o processo de renovação para as ONGs associadas com DPI.”
É isso mesmo - o processo de renovação, onde a ONG deve recandidatar-se e assinar um termo a cada ano não foi iniciado até um ano após a Associação Torre de Vigia ter renunciado ao cargo de uma ONG! Este fato é indicado no próprio documento que os apóstatas usam como “prova” de que a Torre de Vigia “renovou a sua candidatura a cada ano”! Evidentemente, os apóstatas só esperam que você vá acreditar no que eles dizem e não vá notar o que está escrito no texto do documento. Incrível.
Este fato é confirmado por um Boletim da Imprensa em dezembro de 2001, que diz, em parte:
“Durante o ano o DPI tem instituído um processo de renovação, pela primeira vez, a fim de melhor avaliar a eficácia de suas atividades de ligação com as ONGs associadas.”
Assim, a evidência mostra que a Associação Torre de Vigia não teve que renovar seu status de ONG em qualquer momento de sua filiação, nem qualquer outra ONG associada com o DPI. Só entre o final de 2001 para o início de 2002 que o processo começou, meses depois de a Torre de Vigia ter renunciado ao cargo de uma ONG. Ou seja, quando o Formulário de Credenciamento mudou dizendo que as ONGs devem apoiar a ONU e quando o formulário tornou-se um pedido de renovação.
No entanto, antes dessa data, a Torre de Vigia (e outras ONGs) certamente tiveram que assinar a versão anterior do Formulário de Credenciamento a cada ano. O que a versão anterior do formulário dizia? Quem assinou?
Representantes anuais e áreas de interesse
A cada ano, o DPI exigia que suas ONGs assinassem o Formulário de Credenciamento para declarar quem seria seus representantes - para permitir-lhes o acesso a amplas instalações do DPI nas Nações Unidas em Nova York.
Nós temos uma cópia do Formulário de Credenciamento de como ele era antes de 2002 - antes do processo de renovação começar e antes que o formulário fosse alterado para tornar-se um pedido de renovação. Veja você mesmo o formulário aqui. Como você pode ver, esta versão anterior do formulário nada diz  sobre apoiar as Nações Unidas. O formulário era apenas para permitir que os representantes da ONG acessassem as instalações do DPI. O próprio formulário diz claramente:
“Este formulário deve ser usado para confirmar o seu representante como atualmente credenciado e/ou autorizar representantes recém-nomeados.
O formulário que a Torre de Vigia assinou a cada ano não era obviamente um pedido de renovação. Negar isto e continuar a insistir que eles tiveram que renovar o seu status a cada ano, não teria sentido. Curiosamente, também aparece neste formulário anterior a seguinte pergunta:
“Por favor, indicar a área principal da sua organização(s) de interesse (por exemplo, o desenvolvimento, o desarmamento, religião, meio ambiente, direitos humanos, resolução de conflitos, mulheres, etc)”
Alguns apóstatas encontraram listas de ONGs da ONU, onde a Associação Torre de Vigia está listada, registrada com itens como “direitos humanos” e “mulheres” listados como áreas de interesse da Torre de Vigia. Eles notaram como essas áreas de interesse mudaram nos registros de ano para ano. Portanto, eles têm argumentado que isto “prova” que a Torre de Vigia deve ter renovado anualmente sua adesão de ONG porque as “áreas de interesse” foram mudando. No entanto, como podemos ver claramente a partir do formulário, essa questão sequer aparece no formulário de renovação anual - mas no formulário para obter acesso para os seus representantes.
Fica claro, então, que a Associação Torre de Vigia não recandidatou seu status de ONG a cada ano, e que o formulário de Credenciamento (antes de 2001/2002) que a Torre de Vigia assinou anualmente, era simplesmente para declarar quem seria o representante juntamente com suas áreas de interesse para acessar as instalações do DPI.
É claro também que a Associação Torre de Vigia estava sendo sincera quando disse: “Na época do pedido inicial nenhuma assinatura era necessária no formulário”, e que os formulários assinados pela Associação realmente não entravam em conflito com as crenças das Testemunhas de Jeová. Podemos ver a evidência por nós mesmos.

Resumo:

ü  Não foi necessária nenhuma assinatura no formulário de inscrição das ONG do DPI em 1991.
ü  Nenhum processo de renovação das ONG do DPI existia até 2001/2002 – só depois de a Torre de Vigia ter renunciado.
ü  Antes de 2001/2002, o formulário de credenciamento anual servia para declarar quem seriam os representantes da ONG nas instalações do DPI.

ü  A Associação Torre de Vigia não assinou nada que dissesse que as Testemunhas de Jeová concordavam em apoiar a ONU.

PARTE 4

A Torre de Vigia e as acusações de "apoio a ONU" PARTE II

Conheça as suas ONGs!

Quando você ouve que a Associação Torre de Vigia foi registrada como uma ONG nas Nações Unidas, você pode não estar ciente de que existe, na verdade, mais do que um tipo de ONG. Este fato é importante, e é muitas vezes deliberadamente obscurecido por aqueles que tentam condenar e criticar a Torre de Vigia.
No sistema das Nações Unidas, existem ONGs que estão associadas com o Conselho Econômico e Social (ECOSOC), e também existem ONGs associadas ao Departamento de Informação Pública (DPI). A Associação Torre de Vigia era a do segundo tipo - associada com o DPI.
No entanto, muitos sites e, pelo menos, um livro enganam deliberadamente a seus leitores, citando regras e determinações para as ONGs do ECOSOC, e depois fingem que essas resoluções e regras se aplicam a ONGs do DPI, das quais a Associação Torre de Vigia era uma. Essa tática é totalmente desonesta e muitos daqueles que fazem esta acusação sabem muito bem que estão enganando a seus leitores. Examinemos agora as verdadeiras diferenças entre os tipos de ONGs, que apóstatas e outros opositores muitas vezes tentam manter escondido.
Qual é a diferença?
A diferença entre os dois tipos é bastante forte. A revista política online Insight (introspecção) tem isto a dizer sobre o assunto:
“Para uma ONG ser reconhecida pelas Nações Unidas, porém, há requisitos, e até mesmo dois status para o qual uma ONG pode se candidatar. O status de DPI que está sob a autoridade do Departamento de Informação Pública das Nações Unidas (UNDPI), que controla os arquivos da ONU e centros de pesquisa…”
“A outra condição para o qual as ONGs podem candidatar-se é o status de ECOSOC (Conselho Econômico e Social). O site da ONU diz que para uma ONG obter o status de ECOSOC deve provar que o seu trabalho é diretamente relevante para os objetivos da ONU. Com o posto de ECOSOC uma ONG pode entrar em um relacionamento consultivo formal com acesso para funcionários dos países membros da ONU e deve fornecer informações úteis ou especiais ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas...”
Observe como as ONGs do DPI estão sob um departamento que controla “arquivos e centros de pesquisa”, mas por outro lado as ONGs do ECOSOC têm um “relacionamento consultivo formal” com as Nações Unidas, e seu trabalho precisa ser “diretamente relevante” para as metas da ONU. Em outras palavras, a ONG do ECOSOC consulta com a ONU, suas políticas e ajuda a alcançá-la seus objetivos políticos e a direcioná-la na formulação de políticas.
Isto é exatamente o que os apóstatas estão acusando a Associação Torre de Vigia de fazer. No entanto, esta não é uma descrição do tipo de ONG que a Associação Torre de Vigia era, mas é a descrição de outro tipo de ONG - que se relaciona com o Conselho Econômico e Social (ECOSOC).
A Associação Torre de Vigia era um tipo totalmente diferente de ONG associada a um departamento diferente da ONU - o Departamento de Informação Pública (DPI). Acusadores negam isso, e dizem que as diferenças são “fatos irrelevantes”, quando nós podemos ver claramente que não é isso o que a ONU consente sobre o assunto. Vamos agora examinar as resoluções originais das Naçoes Unidas para mostrar a diferença entre ECOSOC e ONGs da DPI.
Resolução 13 da Assembleia Geral
Esta é uma resolução de 1946 sobre a finalidade e as atividades do DPI. A resolução afirma:
“Resolução 13 da Assembleia Geral… (I). Organização da Secretaria (do DPI)…”
“2. As atividades do Departamento de Informação Pública devem ser organizadas e dirigidas para promover a maior extensão possível de uma compreensão consciente do trabalho e propósitos das Nações Unidas, entre os povos do mundo. Para este fim, o Departamento deve principalmente ajudar e confiar na cooperação dos estabelecidos órgãos governamentais e não-governamentais com informações para fornecer ao público informações sobre as Nações Unidas ...”
Como mostra a resolução, o propósito do DPI é: “promover a maior extensão possível de uma compreensão consciente do trabalho e fins das Nações Unidas, entre os povos do mundo.” Eles estão a usar ONGs “para fornecer ao público informações sobre as Nações Unidas”.
É isso. Não é uma resolução sobre as ONGs apoiarem a Carta da ONU. Não é uma resolução sobre as ONGs apoiarem as metas da ONU. Não é sequer uma resolução em que as ONGs devam compartilhar os ideais da Carta das Nações Unidas. E certamente não há nenhuma resolução que diga que as ONGs fazem parte da ONU ou do sistema das Nações Unidas. O objetivo das ONGs associadas ao DPI é apenas “fornecer ao público informações sobre as Nações Unidas.”
Agora, em contraste, vamos dar uma olhada na resolução sobre as ONGs associadas ao ECOSOC.
Resolução 1296 do ECOSOC
A ideia de criar ONGs associadas ao ECOSOC foi escrita, na verdade, pela primeira vez na Carta das Nações Unidas, onde diz:
“O Conselho Econômico e Social [ECOSOC] pode tomar as providências adequadas para a consulta com organizações não governamentais que se preocupam com os assuntos da sua competência. Tais entendimentos poderão ser feitos com organizações internacionais e, quando for o caso, com organizações nacionais, depois de consultar o Membro das Nações Unidas interessado.” - Artigo 71 da Carta das Nações Unidas.
Mais tarde, o ECOSOC adotou uma resolução sobre as ONGs, que diz, em parte:
“O Conselho Econômico e Social [ECOSOC],
Tendo em conta o artigo 71 da Carta das Nações Unidas, Reconhecendo que mecanismos de consulta com as organizações não governamentais fornecem um importante meio de promover os objetivos e princípios das Nações Unidas. Considerando que consultas entre o Conselho e seus órgãos subsidiários e as organizações não governamentais devem ser desenvolvidas em toda a extensão possível, aprova as seguintes regras, que substituem as estabelecidas na Resolução 288 B (X) de 27 de Fevereiro 1950:” Resolução 1296 do ECOSOC (XLIV) Modalidades de consulta com as organizações não governamentais, 23 de maio de 1968.
Esta mesma resolução passa a afirmar que uma ONG do ECOSOC “... compromete-se em apoiar o trabalho das Nações Unidas (ONU).”
No entanto, essas palavras infames, frequentemente citadas pelos apóstatas como “prova” de que a Associação Torre de Vigia concordou em apoiar as Nações Unidas eram realmente palavras escritas pelo ECOSOC em uma de suas resoluções - falando sobre suas ONGs - não as do DPI, que é um departamento da ONU à parte.
Estas palavras da resolução 1296 nunca se aplicaram à Associação Torre de Vigia, pois ela nunca foi uma ONG do ECOSOC. No entanto, o ECOSOC também fez outra resolução, 1297. O que esta diz?
Resolução 1297: “... tenha em mente a carta e o espírito...”
Em sua próxima resolução, 1297, o ECOSOC deu ao Departamento de Informação Pública, o DPI, este poder para associá-lo as próprias organizações não governamentais. A resolução diz, em parte:
“[ECOSOC] recomenda que o Secretário-Geral tenha em mente a carta e o espírito da resolução 1296 do Conselho (XLIV) que regem o status consultivo, em associar as organizações não governamentais nacionais e internacionais com o Escritório de Informação Pública [DPI];”
Isso é frequentemente citado como “prova” de que, apesar de a Associação Torre de Vigia não estar sob a resolução anterior (1296) que diz que as ONGs devem “apoiar o trabalho da ONU”, a próxima resolução se aplicava à Associação Torre de Vigia - e esta resolução diz que é preciso “ter em mente a carta e o espírito da resolução 1296 do Conselho”.
No entanto, é realmente isso que ela diz? Não. A resolução está dando uma instrução para o “secretário-geral” - não as próprias ONGs. Ela não diz que “as ONGs devem ter em mente a carta e o espírito da resolução 1296 do Conselho.” Não – esta é uma instrução para o Secretário-Geral, e mais ninguém.
Este fato se reflete nos formulários originais que a Associação Torre de Vigia preencheu em 1991, para se tornar uma ONG do DPI. Se você examinar cuidadosamente os formulários, você vai notar que eles nada dizem sobre a Associação Torre de Vigia precisar “ter em mente a carta e o espírito da resolução 1296 do Conselho.” Por quê? Porque, conforme dito, a instrução era para “o Secretário-Geral” - como diz a resolução - e não para as ONGs. – Vejas os formulários originais de 1991 na Seção de Cartas e Scanners.
Se, de fato, tinha sido uma exigência, você poderia imaginar que ela estaria nos formulários em algum lugar. Talvez os formulários tivessem dito algo como: “Você concorda em ter em mente a resolução 1296 do ECOSOC” ou talvez até dizendo: “Nós concordamos em apoiar a ONU e sua carta”, seguido por uma linha pontilhada para uma assinatura, confirmando legalmente que a ONG concordou com esses termos. No entanto, isso não é o que encontramos em parte alguma. Nada se diz em nenhum lugar sobre apoiar “o trabalho da ONU” em quaisquer dos formulários, nem mencionou a resolução do ECOSOC. Na verdade, não aparece em nem uma única parte desses formulários, algo que diga qualquer coisa que possa comprometer nossas crenças cristãs.
Assim, podemos ver que a Associação Torre de Vigia nunca concordou em estar sujeita a resolução 1296 do Conselho Econômico e Social (ECOSOC), onde ele diz que as ONGs devem apoiar a ONU. Essa resolução só se aplica a ONGs do ECOSOC - das quais a Associação Torre de Vigia nunca foi. A próxima resolução foi uma instrução para o Secretário-Geral, e mais ninguém, e também não era refletida nos formulários que a Associação Torre de Vigia preencheu.
No entanto, como parte do processo de candidatura para se tornar uma ONG do DPI, alega-se que a ONG deve concordar com os critérios do DPI. Sobre os critérios, alega-se, que inclui escrever artigos elogiando a ONU e o apoiando a ONU e sua carta. Isso é verdade? Por favor, leia o próximo capítulo para ver as provas por si mesmo.


Resumo:
ü  A Associação Torre de Vigia foi registrada com o DPI, não com o ECOSOC.
ü  As ONGs associadas ao DPI têm acesso aos materiais de pesquisa da ONU.
ü  As ONGs do ECOSOC têm status consultivo junto à ONU.
ü  A resolução do ECOSOC que declara que as ONGs devem apoiar a ONU se aplica apenas a suas ONGs.
ü  A próxima resolução do ECOSOC aconselhou ao Secretário-Geral ter em mente o espírito da resolução anterior – e não as ONGs do DPI.

ü  Os formulários que a Associação Torre de Vigia preencheu não disseram nada que comprometesse as crenças das Testemunhas de Jeová, nem mencionaram as resoluções do ECOSOC.

PARTE 3

A Torre de Vigia e as acusações de "apoio a ONU"

No Princípio


Em outubro de 2001, o jornal britânico The Guardian acusou as Testemunhas de Jeová de hipocrisia por terem se registrado como uma Organização Não-Governamental (ONG) no Departamento de Informação Pública (DPI) das Nações Unidas (ONU). O jornal afirmou que todas as ONGs devem apoiar as Nações Unidas, por isso as Testemunhas de Jeová eram culpadas de hipocrisia por causa do ensino de que a Organização das Nações Unidas é a profetizada “coisa repugnante” do Apocalipse.
A Associação Torre de Vigia, a corporação jurídica usada pelas Testemunhas de Jeová, imediatamente retirou sua adesão como ONG do DPI. Eles explicaram que os requisitos para ser uma ONG do DPI tinha mudado desde que se registraram pela primeira vez em 1992, e, em seguida, agradeceram ao The Guardian por trazer o assunto à sua atenção. – Veja a Carta da Comissãode Filiais cartana Seção de Cartas e Scanners.

Mais do que isso?

No entanto, desde aquela época muitas ex-Testemunhas de Jeová infelizes e outros opositores alegaram que as exigências das ONGs nunca mudaram. Os teóricos da conspiração afirmam que a Associação Torre de Vigia sabia que estava apoiando as Nações Unidas e manteve isso em “segredo”. Eles até mesmo vão mais longe acusando a Associação Torre de Vigia de ter distribuído deliberadamente propaganda pró-ONU em assuntos da Despertai! como “parte do acordo” com a ONU.
Um teórico da conspiração tem ido um pouco mais longe, declarando que a Associação Torre de Vigia se tornou “apóstata” e cometeu “adultério espiritual”, e agora faz parte de uma conspiração global para promover um governo totalitário mundial debaixo da ONU. Eles afirmam que as cartas de explicação de Betel estão cheias de “mentiras” e “encobrimentos”.

Uma investigação

O que realmente aconteceu? São estas acusações baseadas em fatos? Será que os rastros de evidência em papeis apoiam estas acusações? Os registros mantidos na ONU corroboram a história da Associação Torre de Vigia? Além disso, são os que fazem essas acusações confiáveis?
Este trabalho irá mostrar, usando evidências diretas dos registros das Nações Unidas e as publicações da Associação Torre de Vigia, por que nós acreditamos que tais acusações são infundadas. Faremos o possível para mostrar que as “evidências”, apresentadas pelos teóricos da conspiração são muitas vezes seletivas, totalmente enganosas, e frequentemente cheias de erros. Além disso, também iremos informá-lo que aqueles que fazem essas acusações sabem muito bem que seus argumentos têm falhas graves, e como eles têm tentado abertamente censurar e encobrir esta informação.
Se você leu anteriormente as acusações de tais homens, imploramos que você deixe de lado todos os preconceitos e todas as outras emoções, para considerar de forma justa e desapaixonada o outro lado da questão, sem ideias preconcebidas, e ser feliz para mudar seus pontos de vista, se necessário. Um juiz de um tribunal de justiça não toma uma decisão antes de considerar os argumentos da defesa, e você também não deveria. Uma pessoa verdadeiramente humilde faria assim.

Resumo:

 A Associação Torre de Vigia tornou-se associada ao Departamento de Informação Pública (DPI) das Nações Unidas (ONU) como uma Organização Não-Governamental (ONG) em 1992. O relato do The Guardian levou a Associação Torre de Vigia a retirar sua adesão como ONG em 2001.

PARTE 2